Post da ANA. Fonte: anamovimento.blogspot.com
Se pararmos para pensar que a violência vem de relações de poder desiguais, a gente começa a perceber que muito daquilo que nos incomoda, que mexe como a gente, são indicativos de violência. Claro que nem tudo é violência, mas se é uma situação que nos provoca dor, sofrimento, frieza ou algo próximo disso, pode ser um grande indício de violência. Tá, mas aonde queremos chegar com tudo isso? Ás vezes por não saber diferenciar um toque, uma fala, um olhar, um gesto provocado a partir da ação do outro, a gente não se liga que está vivenciando uma situação de violência, porquê nem sempre estará atrelada a sofrimento e pode inclusive provocar sensações prazerosas.
Estas situações acima, quase nunca vão parecer ser abuso, mas na real é! Por isso, nós da Campanha Ana pensamos nesse 18 de maio e queremos compartilhar com vocês, alguns exemplo de situações vividas no cotidiano, as quais na maioria das vezes, não se sabe que é abuso. Assim, estamos lançando este alerta para prevenção e enfrentamento através da hashtag: #EuNaoSabiaqueEraAbuso.
Pode ser que você se enxergue ou perceba alguém próximo nessas situações ou numa situação muito parecida, daí é importante saber que é POSSÍVEL SAIR DESSA E RESIGNIFICAR SUA HISTÓRIA, procurar ajuda, falar com alguém de confiança e também procurar os serviços de atendimento, é um começo de caminho.
Veja as imagens e use a hashtag #EuNaoSabiaqueEraAbuso para relatar um fato que você não sabia que era abuso, mas hoje já sabe. Esse fato pode sido vivenciado por você ou não. Contudo, só faça se sentir à vontade sem que isso gere uma exposição ou desconforto.
Veja outros textos e materiais de mobilização do 18 de maio clicando em:
Para auxiliar nessa tarefa de mobilização, nós da campanha Ana junto ao Comitê Nacional de Enfrentamento a Violência Sexual e a Rede Ecpat Brasil preparamos algumas dicas com sugestões de atividades relacionadas a essa importante agenda que se aproxima: O Dia 18 de Maio. Não podemos deixar de mobilizar nossos amigos, familiares, conhecidos e os representantes do Poder Público em nossa cidade para o fato de que a VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA MENINAS E MENINOS ainda é uma realidade em nosso país. Mas antes, é bom lembrar o porquê do surgimento desse dia.
QUE CONTEÚDOS USAR?
Existem uma infinidade de conteúdos que nos ajudam a refletir, se informar e se inspirar para o debate necessário sobre a violência sexual. Você pode acessar no link abaixo algumas publicações que sugerimos.
Mas se você vai conduzir alguma atividade, seja ela com adultos, crianças ou adolescentes é importante se preparar e ter cuidados na condução. Lembre-se Esse é um assunto muito delicado para quem foi vítima da violência sexual. Abaixo destacamos esses cuidados:
Alguns cuidados relevantes na condução das atividades • Antes de abordar o tema da violência sexual, o facilitador da atividade deve preparar o grupo com dinâmicas que falem sobre os seus direitos, situando os direitos sexuais no contexto dos direitos humanos. • É importante também fazer um acordo com o grupo para que não sejam expostos casos específicos de meninos ou meninas que tenham vivido ou estejam vivendo situações de violência sexual, tanto os que estejam presentes no local ou mesmo os que sejam conhecidos da comunidade, pois isso pode acabar gerando outras situações de violência. • Na condução da atividade, observe como o público reage ao assistir à vídeos, pois pode haver no grupo pessoas que passaram ou passam por essa situação. O que recomendamos, caso haja necessidade, é que alguém do grupo se coloque disponível para uma conversa em particular. • É importante também enfatizar nas atividades que as pessoas que passam ou passaram por essa situação de violência podem e devem reconstruir sua história e projeto de vida – se necessário, com a ajuda de profissionais. • O facilitador deve ter segurança em trabalhar com os temas da violência sexual e conhecer minimamente os fluxos de atendimento às vítimas de violência ou saber indicar os caminhos para que as pessoas busquem essa informação. • É legal que o facilitador introduza a oficina dizendo que existem diferentes fases no desenvolvimento da sexualidade e que esse é um processo natural. O que não é legal é que crianças e adolescentes não possam viver essas fases de forma saudável e segura, em função de situações que se caracterizem como violência sexual. • E, por fim, é interessante que o facilitador reforce nas oficinas, a partir do material exibido, a informação sobre como crianças e adolescentes podem se prevenir da violência sexual e também denunciá-la.
Bem se você chegou até aqui é porque tem grande interesse em contribuir com a causa. E nós achamos ótimo! Pois o nosso trabalho é feito de formiguinhas uns ajudando aos outros e espalhando a importância da proteção de meninas e meninos.
Por isso para você ou sua instituição fazer bonito, e também para que esse post não fique tão longo, abaixo terá vários links com outras informações. Ah não se esqueça de compartilhar suas atividades e mobilizações em alusão ao 18 de Maio.
1. Conteúdos de apoio: Download
2. Sugestões de atividades: Download
3. Filmes curtos: Download
4. Filmes longos: Download
5. Flor para colorir: Download
6. Cartazes e imagens Download
Observação: Este post foi elaborado pela campanha ANA.
Acesse mais em: anamovimento.blogspot.com
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